sexta-feira, 19 de abril de 2024

Brasil

Avaliação da saúde escuta brasileiros que cobram medidas para enfrentar crise

POR Jornal Somos | 26/06/2018
Avaliação da saúde escuta brasileiros que cobram medidas para enfrentar crise
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A pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), avaliação é compartilhada por 94% dos que possuem plano de saúde e por 87% dos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados apresentados hoje (26) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

No País, a saúde (pública ou privada) é classificada como péssima ou ruim por 55% dos brasileiros e regular para outros 34%. De modo geral, essa avaliação aparece de diferentes maneiras na sociedade e representa a visão de 94% dos que possuem planos de saúde e de 87% dos que dependem apenas do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber assistência médico-hospitalar.

O trabalho também teve o objetivo de identificar a expectativa dos brasileiros a respeito da atuação dos próximos governantes e parlamentares em relação à assistência médica. A pesquisa tem abrangência nacional e ouviu 2.087 pessoas – 59% delas residentes no interior. A amostra, composta por homens e mulheres com idade superior a 16 anos, respondeu a um questionário estruturado que dispõe ainda sobre a expectativa dos brasileiros sobre a atuação dos próximos governantes e parlamentares em relação à assistência médica.

 

SUS como prioridade

A valorização do SUS como política social relevante aparece com ênfase na pesquisa. Os números mostram que, para 88% dos entrevistados, o sistema deve ser mantido no país como modelo de assistência de acesso universal, integral e gratuito para brasileiros, conforme previsto em seus princípios e diretrizes legais.

 

Falta gestão e recursos

De acordo com o estudo, 83% das pessoas ouvidas acreditam que os recursos públicos não são bem administrados; 73%, que o atendimento não é igual para todos; e 62%, que o SUS não tem gestores eficientes e bem preparados. Entre os 14 serviços disponíveis em postos e hospitais analisados pelo estudo, 11 foram alvo de críticas.

 

Dificuldade de acesso

Os dados mostram que, entre os itens com maior dificuldade de acesso na rede pública estão: consultas com médicos especialistas (74%); cirurgias (68%); internação em leitos de UTI (64%); exames de imagem (63%); atendimento com profissionais não médicos, como psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas (59%); e procedimentos específicos como diálises, quimioterapia e radioterapia (58%).

 

Principais gargalos

A análise dos dados sugere que, de forma geral, a percepção de mau atendimento decorre de problemas registrados ao longo do processo, como o tempo de espera para ter uma resposta do SUS para uma demanda encaminhada, item apontado por 24% dos entrevistados.

Também são vistos como vilões a falta de recursos financeiros para o SUS (15%) e a má gestão administrativa e operacional do sistema (12%). Questões como a falta de médicos (10%) e a dificuldade para marcar ou agendar consultas, cirurgias e procedimentos (10%) completam o topo do ranking.

O tempo de espera é o fator com avaliação mais negativa do SUS – o item é apontado como maior gargalo na rede pública para 82% dos entrevistados que buscam consulta, 80% dos que precisam de um exame de imagem e para 79% dos que aguardam cirurgia.

Na semana de realização das entrevistas (9 a 16 de maio), 39% dos entrevistados declararam estar aguardando algum tipo de atendimento na rede pública, índice nove pontos percentuais maior do que o registrado em pesquisa semelhante realizada pelo CFM em 2014.

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, os resultados da pesquisa demonstram claramente uma posição de insatisfação por parte da sociedade brasileira e não devem ser ignorados pelos candidatos ao pleito de outubro. “Esses números falam por si só. Precisamos ter mais sensibilidade política, financiamento mais adequado, gestão mais eficiente”, concluiu.

 

A imprensa do jornal Somos tentou entrar em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás- CREMEGO e não obteve respostas sobre o assunto.

Entramos em contato com a secretaria de saúde de Rio Verde que esclareceu em nota para melhoria da qualidade do Sistema Único de Saúde- SUS de Rio Verde “ Para melhorar a qualidade do Sistema Único de Saúde em Rio Verde a Secretaria de Saúde do município iniciou neste mês de junho o “Mês da Humanização” onde o ponta pé inicial foi uma palestra para os colaboradores das UBS, UPA, HMU, SAMU, CAIS Centro e Norte além de funcionários da Secretaria de Saúde, com o tema “A Era da Humanologia” com o palestrante Pablo Marçal de Goiânia. Durante o mês, algumas unidades estarão com atividades internas para os colaboradores, como “pequenas palestras” com psicólogos, psiquiatras, sobre atendimento humanizado, valorização do trabalho e autoestima, questionário para auto reflexão sobre o processo de trabalho, comunicação verbal e não verbal, dinâmicas em grupo, alongamentos, jogos de atenção e percepção, entre outros. Lembramos também que na UPA existem as técnicas em enfermagem que estão lá para dar assistência à família, levando toda e qualquer noticia sobre o paciente que está em atendimento ambulatorial. O município está a cada dia buscando novos caminhos para atender o paciente e sua família como um todo.”

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