terça-feira, 01 de outubro de 2024

Brasil

Aumento de casos de covid-19 preocupam autoridades sanitárias

POR Thaynara Morais | 14/11/2022
Aumento de casos de covid-19 preocupam autoridades sanitárias

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

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Devido ao aumento de casos de covid-19, autoridades sanitárias internacionais estão em alerta. O surgimento de novos casos da doença tem a ver com novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB. Primeiros estudos apontam que estas variantes podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais.

 

 

O mais recente Boletim InfoGripe Fiocruz, sinaliza para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Covid-19 na população adulta do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

 

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, informou à Agência Brasil que ainda não é possível afirmar que o crescimento esteja relacionado especificamente com identificações recentes de novas sublinhagens identificadas em alguns pontos do Brasil.

 

 

O sinal é mais claro em alguns estados nas faixas etárias a partir de 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apesenta a tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos.

 

 

“Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, espera-se que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nessa atualização, podendo, inclusive, aumentar o total de estados em tal situação”, disse o pesquisador da Fiocruz.

 

 

Crianças


Quando o recorte foi feito por capitais, a Fiocruz identificou maior predominância em crianças. As exceções são Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam crescimento nas faixas etárias acima de 60 anos.

 

 

Segundo o médico Werciley Júnior, coordenador da Infectologia da rede Santa, em Brasília, as crianças devem ser um foco de atenção importante. “Apesar da doença em crianças ser uma forma normalmente leve, a gente tem dois aspectos. O primeiro é que nelas, quando a forma é grave, há uma alta taxa de mortalidade. O outro é que as crianças são carreadoras do vírus para dentro de casa. Se elas estiverem imunizadas, vão diminuir muito sua capacidade de transmissão”, alertou.

 

 

Ele ainda afirma que apesar de até o momento os casos no país serem leves, registros positivos preocupam especialmente entre os não vacinados. Júnior ressalta que o grande medo da comunidade médica e de autoridades sanitárias é que essa variante sofra uma nova mutação e fuja totalmente da vacina causando doenças graves.

 

 

“A gente sabe que a taxa de vacinação mais ou menos estacionou com duas doses. As pessoas não estão fazendo a terceira dose que houve uma redução gigantesca”, observou, acrescentando que esse público pode desenvolver formas graves da doença.

 

 

De acordo com o médico, a vacina tem dois pontos importantes. O primeiro deles é proteger as pessoas de modo que quem tiver a doença desenvolve a forma leve.

 

 

O outro ponto é que, com anticorpos trazidos pela vacina “mesmo que parcialmente funcionando”, o paciente infectado diminui a carga viral e não consegue transmitir o vírus para a mesma quantidade de pessoas que transmitia sem a imunização.

 

 

Proteção

 

O infectologista recomendou que, além da vacinação, as pessoas com comorbidades voltem a usar máscaras de proteção facial, evitem aglomerações e, em caso de suspeita, façam teste para evitar contaminação de outras pessoas.

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