quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O Exército criou uma cartilha para tentar evitar que as apostas esportivas online, conhecidas como bets, tornem praças e oficiais endividados e com problemas psicológicos que prejudiquem a Força.
O Transtorno de Jogos é definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no CID-11 como um transtorno de comportamento que envolve vícios de comportamento e descontrole de impulsos, da mesma forma que o alcoolismo ou a dependência de drogas.
A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 29 de julho, mas o caderno foi publicado em 17 de julho do ano passado e atualizado em maio deste ano.
O assunto dos ricos das bets para militares também foi citado durante curso para atuação em áreas de conflito ministrado por oficiais do Exército a jornalistas no início do mês de julho.
Na oportunidade, o general Alcides Valeriano de Faria Júnior, chefe do Centro de Comunicação do Exército, admitiu que as apostas eletrônicas se tornaram uma preocupação militar. Oficiais ouvidos pela Folha sob condição de anonimato afirmaram que há o temor de que a jogatina chegue a extremos, como aumentar as ocorrências de suicídio.
Outro medo é de que a bola de neve financeira motivada pelas perdas em apostas leve o militar endividado a cometer crimes inclusive contra o Exército, como furto de armas e munições, além da incapacidade do viciado em integrar missões.
Capitão Souza Dias, da Diretoria de Assistência ao Pessoal, afirmou que a Força Terrestre começou a trabalhar na prevenção porque, por se tratar de um estrato da sociedade, o Exército acaba refletindo problemas que ocorrem com as pessoas no geral.
Entre os problemas associados ao vício de apostas estão abstinências, problemas psicológicos e perda de controle. Já os sintomas do vício incluem isolamento, mentir sobre jogar, sentimento de culpa, necessidade de conexão, impaciência, irritabilidade e pensar sobre jogos o tempo todo.
Um dos trechos da cartilha reforça que quanto mais cedo o tratamento, melhor.
“O caminho mais adequado é obter o tratamento precoce. Quanto antes reconhecer a situação de dificuldade que está passando, maior será a probabilidade de alcançar êxito no enfrentamento a essa situação”.Consultadas pela Folha de São Paulo, a Marinha e a FAB também disseram estar tratando o assunto e adotando iniciativas de prevenção e conscientização sobre o vício em apostas.
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.