As aposentadorias de servidores públicos federais em 2022 estão em seu menor índice desde 2012. De janeiro a abril, 3.529 funcionários se aposentaram, sendo que neste mesmo período no ano passado, foram 3.634, o que representa uma queda de 2,8% considerando estes quatro primeiros meses do ano.

Os órgãos que mais perderam funcionários neste ano devido à aposentadoria, segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo portal Metrópoles, foram o Ministério da Saúde (188), a Universidade Federal da Paraíba (54), o Instituto Nacional do Seguro Social (48) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (35).

Os quadros da União possuem, atualmente, 573 mil servidores públicos ativos em órgãos e autarquias federais. A falta de reposição do pessoal que se aposenta, bem como a demora da análise destes pedidos, é alvo de crítica pelas entidades que representam esses servidores.

“Estamos suspeitando que, para além da reforma [da Previdência, feita em 2019], estão segurando os processos. A cada 100 aposentados, somente 37 foram repostos. O serviço público está prestes a entrar em colapso”, alega o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo.

Para o portal Metrópoles, a pasta da Economia brasileira informou que os pedidos de aposentadorias envolvem diversos aspectos pessoais, em que “vários fatores não mensuráveis” são levados em consideração pelo servidor, como “questões familiares, interesse pela inativação, entre outros”.

O ministério ainda explicou que antes da reforma, havia ocorrido um aumento dos pedidos, mas que depois da aprovação da medida, houve uma redução nessas solicitações. “Alguns fatores contribuem para essa redução, como o melhor conhecimento das novas regras e o próprio interesse dos servidores em permanecerem em atividade”, informou, por meio de nota.

(Com informações do Metrópoles)