quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Silvio AVILA / AFP
O leilão de arroz importado foi anulado pelo Governo Federal. O anúncio foi comunicado nesta terça-feira (11) pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. Segundo ele, novo procedimento "mais ajustado", será realizado.
A medida foi tomada por conta de irregularidades após o leilão para compra de 263 mil toneladas de arroz pelo preço de R$ 25,00. Entre elas, estão a de companhias participantes não possuírem histórico de atuação na importação de grãos e capacidade técnica para entregarem os grãos nos armazéns da Conab.
Outra empresa – uma loja de queijos – que arrematou R$ 736 milhões no leilão, alterou no site da Receita Federal, o seu capital social de R$ 80 mil para R$ 5 milhões dias antes do evento.
Outro motivo foi a participação de um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o advogado Robson Luiz de Almeida França. Ele é dono da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e da Foco Corretora de Grãos, que intermediaram a venda de 44% de arroz no leilão. O ex assessor nega que tenha vantagem indevida no processo.
Os casos revelados pela revista Globo Rural levaram o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, com o endosso de Lula em anular e convocar um novo leilão.
O ministro da agricultura Carlos Fávaro afirma que identificou que a maioria das empresas que se envolveu no leilão tinha “fragilidades” para operar um volume tão grande de arroz e dinheiro e prometeu uma “régua mais alta” no novo leilão.
O edital do novo leilão será feito com auxílio da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Receita Federal.
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