quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE aponta que, no ano passado, o número de pessoas entre 18 e 30 anos que abriram e ou participaram de pequenos negócios aumentou de 50% para 57%. Isso significa que aproximadamente 16 milhões de jovens estão buscando a oportunidade de abrir um negócio ou já tem empresa aberta. Seja pelo desejo de independência, pela falta de oportunidade no mercado de trabalho, empreender tem sido a aposta de vários jovens, que não se prendem mais às grandes empresas. A maioria deles inicia seu negócio através da titulação MEI – Micro Empreendedor Individual, por possuir menos tributação e limite de faturamento da empresa, que pode ser no máximo de R$ 60 mil.
Mas a realidade é um pouco diferente das pesquisas. Apesar do número expressivo de jovens ingressando na área, as dificuldades são grandes para se abrir o próprio negócio.
Saulo Mendonça, 29 anos, formado em administração e psicologia, viu em uma de suas paixões a oportunidade de complementar a renda e ter satisfação pessoal, cozinhar. Há mais ou menos um mês produz em sua casa hambúrgueres artesanais e tem uma cartela de clientes em crescimento. Mas, afirma que a ideia de montar um negócio fica em espera devido às tributações.
“Uma das maiores dificuldades de abrir um negócio legal, ou seja, dentro das normas necessárias, é a carga de imposto. É muito complicado abrir uma empresa e trabalhar sozinho, por exemplo. E para tudo que você faz o imposto é altíssimo, então, para contratar alguém, o custo trabalhista é alto. Não para pagar o funcionário, mas sim porque você tem que pagar o governo pra contratar alguém, isso pesa demais em qualquer setor industrial. Por exemplo, no meu caso: a carga de imposto é tão alta que o mercado paga imposto pra comprar a vaca, o produtor paga pra criar, e eu pago imposto para comprar do mercado, logo, quando eu vou revender o produto final, o consumidor também paga imposto para o governo. É imposto em cima de imposto. Isso faz com que o custo do produto fique mais caro. Às vezes você paga mais do que lucra”.
Os MEIs contam com o suporte do Sebrae, em sua maioria, para direcionar e especificar o modelo de empresa, ajustando o perfil às necessidades, objetivos e realidade a pessoa. Ainda de acordo com a pesquisa, o perfil dos novos empreendedores manteve o destaque para a mulher, que respondeu por 52% dos Empreendedores Iniciais.
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