quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta terça-feira (26), A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o orçamento de 2022 da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O CDE terá R$ 32,096 bilhões, dos quais R$ 30,219 bilhões serão pagos pelos consumidores na conta de luz.
Em comparação ao ano de 2021, em que os clientes pagaram R$ 19,581 bilhões, o valor a ser pago pelos consumidores representa alta de 54,3%. A agência estima que o aumento médio na conta de luz será de 3,39%.
A Conta de Desenvolvimento Energético é um fundo utilizado para bancar ações e subsídios concedidos pelo governo no setor de energia. A CDE pode ser utilizada, por exemplo, para garantir a universalização do serviço de energia elétrica no país.
O total previsto nesta terça-feira mostra um aumento de 34,2% em comparação com o ano passado, quando o orçamento do fundo foi de R$ 23,917 bilhões. O orçamento de 2022 também é o maior valor desde 2003, ano em que a CDE foi implementada.
Dos R$ 32,096 bilhões previstos para a CDE em 2022:
O aumento deste teve a influência do aumento no preço dos combustíveis e o cadastro automático da tarifa social de energia.
Se a Eletrobras for privatizada, o governo espera contar com aporte de R$ 5 bilhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda analisa o processo.
De acordo com a Aneel, o impacto tarifário médio, ou seja, o aumento médio na conta de luz, estimado para os consumidores de energia elétrica será de 3,39% neste ano.
Segundo estimativas da agência, o aumento médio será de 4,65% para moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 2,41% para os moradores das regiões Norte e Nordeste.
Detalhamento do orçamento de 2022
Quase R$ 12 bilhões do total de R$ 32,1 bilhões serão destinados à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que é um subsídio para a produção de energia termelétrica em regiões não interligadas ao sistema elétrico nacional, como o estado de Roraima.
A despesa foi afetada diretamente pela alta do preço dos combustíveis, já que as usinas termelétricas usam normalmente gás natural ou diesel para gerar energia. O conflito entre Rússia e Ucrânia agravou o problema.
A segunda maior despesa da CDE são os descontos tarifários na distribuição de energia, que vão chegar a R$ 9,3 bilhões em 2022.
Já a terceira maior despesa é a tarifa social de energia. A despesa saltou de R$ 3,7 bilhões em 2021 para R$ 5,4 bilhões em 2022, com cadastro automático das famílias.
Com informações do G1
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