Nesta quarta e quinta-feira (13 e 14), ocorre a 11º reunião da coordenação entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics), que são as cinco principais economias emergentes do planeta.

O Bric é um agrupamento de países que buscam cooperação de relevância para o desenvolvimento econômico e social, sobretudo nas áreas de saúde, ciência, tecnologia e inovação, economia digital e cooperação no combate ao crime transnacional.

Nascido em 2006, quando os ministros de Relações Exteriores dos quatro países se encontraram em Nova York, em evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas, o grupo foi formalizado em 2009, no primeiro encontro oficial de chefes de Estado, em Ecaterimburgo, na Rússia.

 Nesta reunião, os presidentes do Brasil, Rússia, Índia e China, concordaram em desenvolver um mecanismo de cooperação entre as quatro economias. A intenção era que os governos se ajudassem mutuamente para melhorar a situação econômica global após a crise de 2008 e ampliar a participação de países emergente me instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em abril de 2010, na segunda reunião da cúpula, o então presidente da África do Sul, Jacob Zuma, compareceu como convidado e o país passou a fazer parte do grupo a partir da terceira reunião, em abril de 2011 em Sanya na China. A sigla ganhou uma sigla, e passou a se chamar Brics.

Ainda em 2010 o Bric teve participação fundamental na aprovação de reforma que ampliou a cota de economias emergentes no FMI. O acordo, no entanto, só entrou em vigor em 2015, quando o poder de voto dos países em desenvolvimento passou de 39,4% para 44,7%. As cotas brasileiras no capital do Fundo Monetário passaram de 1,78% para 2,32% e o Brasil subiu da 14ª para a 10ª posição como acionista. Também houve no mesmo ano, a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) para financiamento de projetos de infraestrutura e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR).

O 11º encontro dos países será realizado em Brasília, no Palácio Itamaraty, sob o lema “BRICS: crescimento econômico para um futuro inovador”.

De acordo com o economista, Claudio Laval, a cooperação dos países sempre contribui para o desenvolvimento de soluções capazes de transformar o bem-estar social. “Essa é a tendência e o caminho para minimizar as diferenças sociais entre os povos. A união traz a força”, afirmou o economista.

Ainda segundo Claudio, a participação do Brasil nos diversos comitês e organizações internacionais, em teses, somente contribui para a nossa economia.

“Quando estamos alinhados com as tendências da economia mundial, dentre outros fatores, temos as portas abertas a novas parcerias comerciais e relacionamento internacional que possam trazer conhecimento, tecnologias e recursos para investimentos. Os BRICS somados representam uma importante fatia da economia mundial.”