O primeiro trimestre de 2020 registrou um crescimento de 51,45% nos alertas de desmatamento na floresta Amazônica. Os dados são do sistema Deter-B, que foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2019 foram emitidos alertas para 525,63 km², enquanto neste ano, durante o mesmo período, os alertas foram para 796,08 km².

Estes dados são utilizados para embasar as ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a análise comparativa por trimestre afasta as distorções sazonais que podem ocorrer na leitura efetuada pelos satélites devido à nuvens e chuvas.

Analisando o mês de março de 2020 e março de 2019, é possível perceber que mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus os sinais da devastação permaneceram, pois o que se visualiza na comparação é um aumento de 29,9% no desmatamento. A consequência destes números foi a chegada da Covid-19 às aldeias indígenas brasileiras.

As áreas de preservação mais afetadas, segundo os dados, são a Floresta Nacional do Jamanxim e a área de proteção ambiental do Tapajós, ambos no Pará, e a reserva extrativista Chico Mendes, no Acre.