sábado, 23 de novembro de 2024

Brasil

Agricultura familiar se preocupa com fechamento de armazéns da Conab

POR Jornal Somos | 11/09/2019
Agricultura familiar se preocupa com fechamento de armazéns da Conab

Redação Jornal Somos

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A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) deverá fechar 27 de seus 92 armazéns. A redução de 29% faz parte de novo projeto de modernização e revitalização da empresa, que começou em 2016 e será operacionalizado agora.

 

A região com o maior corte é a Centro-Oeste, com uma redução de 62%, passando de 21 armazéns para 8. No Nordeste serão fechadas apenas três estruturas e a região ficará com 33. O Norte passará de 11 para 7, o Sudeste de 17 para 12 e o Sul de 7 para 5.

 

Bruno Scalon Cordeiro, diretor de Operações e Abastecimento da Conab, afirma que a entidade usou critérios técnicos para tomar a decisão. Segundo Bruno, o objetivo é concentrar a aplicação de recursos em regiões de maior necessidade. “Servidores e colaboradores serão realocados, não perderão os empregos”, garantiu.

 

A baixa capacidade de investimento do governo federal é um dos principais motivos por trás da decisão, conta o superintendente de Armazenagem, Stelito Assis dos Reis Neto. De acordo com ele, o orçamento foi reduzido desde 2012, restando menos de R$ 5 milhões por ano para manter e operacionalizar os 92 armazéns.

 

Antonio Rovaris, secretário de Política Agrícola da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Contag), demonstrou preocupação com a venda e o fechamento de 27 das 92 unidades armazenadoras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O secretário questiona quanto isso renderá e em quê será aplicado o recurso.

 

O secretário se preocupa com a capacidade de atuação da companhia para formação de estoques e regulação de preços sem esses armazéns. “Não somos contra modernização e eficiência na armazenagem, mas a gente observa que os clientes da Conab não somos nós, pequenos produtores, a maior parte deles é formada por grandes produtores”, diz.

 

O representante da Contraf Brasil (Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil), Marcos Rochinski, teme pela privatização e extinção da companhia.

 

A equipe do Jornal Somos entrou em contato com Gerlos Mendonça gestor da Secretaria de Agricultura, Pecuaria e Abastecimento para falar a respeito do fechamento da Conab e em como vai influenciar a agricultura familiar de Rio Verde e região. De acordo com o gestor "o fechamento da empresa trás um impacto muito grande aos municípios onde ela estará fechada haja vista que ela (Conab) é que recepciona grande parte dos produtos oriundos da agricultura familiar e também a venda de balcão do milho  que é com um preço subsidiado que atende aos agricultores familiares, principalmente na condução das criações e da fabricação de rações".

 

A Conab ajudou muito a agricultura do país com seus projetos e é detentora de programas com o Programa de Detenção de Aquisição de Alimentos, com doação simultânea e também a venda de balcão de milho subsidiado que atende a ração, e atende a vários produtores com preços baixos.  "Eu vejo que a Conab ela sempre foi um guarda chuva muito grande das políticas publicas do governo federal  e agora com essa reestruturação que está sendo feita, algumas unidades como a de Porteirão, Paraúna , Acreúna, Santa-Helena, deixarão de existir aqui na nossa região. Isso trás pra agricultura familiar um prejuízo muito grande que é menos uma porta que atendia os agricultores familiares com produtos subsidiados'', lamenta Gerlos.

 

As unidades de de Porteirão, Paraúna , Acreúna e Santa Helena de Goiás, deixarão de existir com o  novo projeto da Conab, o que trás prejuízo e preocupa os agricultores familiares.

 

Quando perguntado sobre como a Gestão Municipal  poderia ajudar estas famílias, o gestor afima que o prefeito Paulo do Vale, vê a agricultura familiar com muito carinho, e disse que a estruturação do cinturão verde em Rio Verde "vai ajudar muito a diversificação das propriedades rurais trazendo também para o município a capacidade e a forma com que os produtores tem uma diversidade maior de produção nas suas propriedades".

 

 

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