quinta-feira, 26 de junho de 2025
Foto: Reprodução Metrópoles
Um crime de extrema brutalidade e frieza abalou o município de Itaperuna, no Rio de Janeiro. Um adolescente de 14 anos confessou ter assassinado os pais e o irmão caçula, de apenas 3 anos, e está sendo investigado pela Polícia Civil, que apura se o triplo homicídio teve como uma das motivações o acesso a valores financeiros da família.
Os corpos foram encontrados nesta quarta-feira (25/6), dentro da cisterna da residência onde a família morava. A descoberta foi feita por agentes da 143ª Delegacia de Polícia, após o próprio adolescente ter procurado a delegacia junto com a avó paterna para relatar o suposto desaparecimento da família.
O jovem alegou que o irmão teria se engasgado com um caco de vidro e que os pais haviam sumido ao levá-lo ao hospital. Porém, a polícia constatou que nenhum hospital da cidade havia recebido os familiares. Ao se dirigirem até a casa, os agentes sentiram um forte odor de putrefação. Ao investigarem, localizaram os corpos dos três familiares dentro de uma cisterna.
Confrontado com as evidências, o adolescente confessou o crime e revelou detalhes que reforçam a premeditação e a frieza. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, o garoto dormia no quarto dos pais por causa do ar-condicionado e, na noite do crime, tomou um suplemento pré-treino para permanecer acordado. Depois que todos dormiram, ele pegou a arma do pai — escondida embaixo do colchão do casal — e cometeu os assassinatos. O adolescente atirou na cabeça dos pais e no pescoço do irmão.
Após os homicídios, o adolescente usou produtos de limpeza para espalhar pelo chão até a cisterna, com o objetivo de facilitar o transporte dos corpos. A arma utilizada foi posteriormente encontrada na casa da avó, que relatou à polícia ter guardado o revólver por receio de que o neto se machucasse, sem saber que ele havia cometido os assassinatos.
O comportamento do adolescente também chamou a atenção da Polícia Civil. Segundo o delegado, ele foi extremamente direto, detalhista e não demonstrou arrependimento em nenhum momento. “Ele disse que faria tudo de novo. Foi muito direto, se mostrava seguro. Ou ele premeditou tudo, ou é um garoto extremamente inteligente”, afirmou Guimarães.
Uma das linhas de investigação considera a possibilidade de motivação financeira. Após o crime, o adolescente pesquisou na internet como sacar o FGTS de pessoa falecida — valor que o pai teria direito e que somaria cerca de R$ 33 mil. Além disso, ele mantinha um relacionamento virtual com uma garota de 15 anos do Mato Grosso, conhecida em jogos online. Segundo ele, os pais não aprovavam o namoro e a garota teria feito um ultimato, exigindo que ele fosse até seu estado. A viagem, impedida pela família, pode ter influenciado a decisão do jovem.
A polícia local já acionou as autoridades do Mato Grosso para localizar a adolescente mencionada. O caso segue sob investigação para esclarecer todas as circunstâncias e motivações por trás do triplo homicídio que comoveu a população.
*Com informações Metrópoles
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