quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente Jair Bolsonaro por crime de prevaricação, no caso da negociação da vacina indiana Covaxin contra o novo coronavírus, foi requerida, nesta sexta-feira (2), pela Procuradoria-Geral da República.
A movimentação do caso foi iniciada após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, realizarem denúncias relatando que informaram Bolsonaro em uma reunião, em 20 de março, sobre possíveis irregularidades na compra da vacina.
A abertura do inquérito possui o objetivo de esclarecer se o presidente prevaricou após ter conhecimento da denúncia, ou seja, verificar se Bolsonaro deixou de tomar as medidas cabíveis. O Palácio do Planalto, ao ser questionado quanto ao requerimento de abertura de inquérito, informou que não comenta decisões de outros órgãos.
Após as denúncias realizadas pelos irmãos Miranda, o governo afirmou que Jair Bolsonaro havia informado o então ministro Eduardo Pazuello quanto às suspeitas no dia 22 de março. Entretanto, no dia seguinte, dia 23 de março, Pazuello foi exonerado, e a suspensão do contrato com a Covaxin só ocorreu nessa semana, 3 meses depois.
O requerimento da PGR ocorreu após a ministra do STF, Rosa Weber, pedir à procuradoria um posicionamento em relação a notícia-crime que foi apresentada ao Tribunal por três senadores pedindo a investigação das denúncias dos irmãos Miranda. Apesar de a PGR ter pedido para que se aguardasse a conclusão da CPI, a ministra informou que a apuração da comissão não possuía o poder de paralisar a atuação do Ministério Público Federal.
(Com informações do G1)
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