quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Trabalho duro, muito estudo e pressão se tornaram rotina na vida de jovens coreanos
Redação Jornal Somos
A Coréia do Sul já foi um país muito pobre por consequência da guerra da Coreia. Mas esse cenário mudou rapidamente e a ela tornou-se uma potência em expansão da indústria da alta tecnologia conseguindo juntar-se ao clube de multimilionários das economias mundiais. E como muitos devem saber, o motivo do país ter ganhado essa impulsionada econômica quase que milagrosa foi a educação.
A educação no país é algo levado muito a sério. Caso você não estude em uma boa escola e não entre para uma boa universidade, está fadado ao fracasso e sem chances de ter uma boa vida. Nos anos 60, mergulhado numa pobreza sem fim e sem recursos para melhorias, a melhor alternativa do país para uma alavancada econômica era a educação. E enraizado como um estilo de vida, agora os sul-coreanos continuam alimentando uma grande competitividade entre os estudantes, principalmente os que estão se preparando para a universidade.
Existem apenas 3 universidades na Coréia do Sul que são realmente consideradas as “boas". São elas a Seoul National University, a KAIST, Instituto de Ciência e Tecnologia Avançada da Coreia e a Yonsei University. Juntando a inicial de todas forma a sigla SKY, que é como elas são conhecidas.
Além de passarem 15 horas por dia estudando arduamente para conseguirem passar no exame de admissão ou Suneung, os alunos também tem de aguentar a pressão psicológica que sofrem dos pais, que exigem sempre as melhores notas e melhores desempenhos. Ao saírem das escolas às 16 h, os estudantes vão para centros de estudos, onde passam mais horas estudando sozinhos e voltam exaustos para casa quando já são quase 23 h.
Porém, tanto estresse e pressão tem uma consequência grave. A Coréia do Sul é um dos países com maior índice de suicídio, principalmente entre os jovens. Ao se sentirem frustrados demais por não conseguirem melhores resultados e com toda a pressão familiar, os estudantes não vêem alternativa a não ser o suicídio. Além de, também, resultar em uma adolescência perturbada e vazia.
E a luta não acaba depois da admissão na universidade desejada. Depois disso vem a questão da aparência física. Para ser tratado bem, conseguir um bom emprego e consequentemente um bom casamento é necessário ter uma boa aparência.
Alcançar pesos estranhamente baixos e rostos embonecados não é uma tarefa fácil, e, para isso, só através das cirurgias plásticas. As empresas boas contratam pessoas que estudaram em boas universidades e possuem boa aparência, por isso é preciso que eles se esforcem muito para conseguirem tudo isso e alcançar o grande objetivo: ter uma boa vida.
De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.