quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Com o objetivo de auxiliar a indústria da cana-de-açúcar no reaproveitamento da palha da cana, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estudam a utilização do subproduto para gerar energia elétrica. O potencial, segundo a entidade, é bastante similar ao do bagaço, mas as usinas têm apenas descartado no campo ou queimado esse produto.
Apesar do conteúdo energético similar ao do bagaço, a palha da planta apresenta um maior teor de cloro que o bagaço. Isso pode ocasionar a formação do ácido clorídrico (HCl), por exemplo, e corroer as tubulações de vapor utilizadas durante a combustão. “Além disso, a combustão também pode gerar a emissão de poluentes atmosféricos como gases ácidos, dioxinas e furanos”, explica Ademar Hakuo Ushima, pesquisador do Laboratório de Engenharia Térmica do IPT.
Para dar início a uma nova fase do estudo em 2019, após o fim da etapa de revisão bibliográfica, o IPT instalou dois equipamentos em escala laboratorial que avaliam o rendimento energético e também a emissão de poluentes gerada nos processos de pirólise, combustão e gaseificação em resíduos agrícolas.
Agora os pesquisadores procuram uma forma de evitar a corrosão. “O objetivo é dar suporte técnico ao setor sucroalcooleiro do estado e desenvolver novas tecnologias para o aproveitamento energético de resíduos”, finaliza o pesquisador.
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