sábado, 23 de novembro de 2024

Brasil

A Guerra entre Janot e Mendes

POR Jornal Somos | 27/09/2019
A Guerra entre Janot e Mendes

Redação Jornal Somos

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O ministro respondeu nesta manhã a ocorrência e procuradores comentam o acontecimento

 

Prestes a lançar seu livro de memórias “Nada Menos que Tudo” (editora Planeta), Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, em entrevista ao Estado nesta quinta-feira, 26, afirmou que cogitou matar o ministro Gilmar Mendes, chegando a entrar armado com uma pistola no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A motivação teria sido uma afirmação inverídica proferida por Gilmar a respeito da filha do ex-procurador. Em maio de 2017, Janot pediu a suspeição do ministro na análise de um habeas corpus de Eike Batista – que acabara de se tornar alvo da Lava Jato – argumentando que a mulher de Gilmar Mendes é sócia do escritório de advocacia que atuava em defesa do empresário.

 

Após o requerimento de suspeição, Gilmar afirmou que a filha de Janot, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, que advogava para a empreiteira OAS, poderia estar atuando na parte penal para uma empresa da Lava Jato.

 

O ex-procurador-geral, enfurecido com o episódio supracitado, planejou, então, matar Gilmar Mendes antes do início de uma sessão no STF. Segundo Janot, “só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não”.

 

O relato deste acontecimento está presente em seu livro “Nada Menos que Tudo”, mas ocultando o nome dos envolvidos. Conforme reportagem da BBC News Brasil, alguns procuradores avaliaram que as declarações, em razão de seu teor bombástico, visam “vender livros”.

 

Em nota, na manhã desta sexta-feira (27), o ministro Gilmar Mendes disse ser lamentável que o país tenha ficado refém de um indivíduo com “impulsos homicidas” e recomenda que Janot procure ajuda psiquiátrica.

 

Sendo estratégia de marketing para o livro ou distúrbio psicológico devido ao estresse, como cidadãos dependentes de órgãos do governo como a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, espera-se que os responsáveis por representarem nossas vozes saibam desatrelar vida pessoal de vida profissional, desempenhando com a coerência necessária seus devidos papéis.

 

Matéria produzida pela acadêmica de Jornalismo, Ana Carolina Morais, com edição de Camilla Paes.

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