quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Desde 1953, o dia da Padroeira é comemorado em 12 de outubro, porém essa data só foi escolhida para aproximar a celebração da data de encontro da imagem no Rio Paraíba. Anteriormente, de acordo com o Padre Victor Hugo Lapenta, da Comissão de Bens Culturais e Histórico da Arquidiocese de Aparecida, a data já havia sido celebrada no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição no mundo. A data também foi comemorada no primeiro domingo de maio, no mês de Maria; além de 8 de setembro, mês de nascimento Dela.
De acordo com relatos históricos, a imagem foi encontrada no rio na segunda quinzena de outubro de 1717. Então, ela não poderia ter sido achada no dia 12, data em que é comemorado o feriado. Porém, o dia teria sido escolhido para representá-la por ter outros significados simbólicos. Foi em 12 de outubro de 1492, por exemplo, que Cristóvão Colombo chegou ao continente americano e, no mesmo dia, em 1822, Dom Pedro I se tornou imperador do Brasil.
Atualmente a imagem encontrada está abrigada em um nicho a 4 metros do chão, em um retábulo de 40 centímetros de largura e blindado no Santuário Nacional. O nicho é revestido por pastilhas brancas e douradas que reproduzem as imagens de três arcanjos - Miguel, Gabriel e Rafael. O local representa a passagem bíblica da "Escada de Jacó" (Gn 28:12) - "E teve um sonho no qual viu uma escada apoiada na terra; o seu topo alcançava os céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por Ela", diz o versículo.
Em maio de 1978, um jovem transtornado conseguiu retirar a santa do nicho, na Matriz Basílica e atirá-la contra o chão, fazendo com que a imagem se quebrasse em mais de 200 pedaços. O restauro foi feito pela artista plástica Maria Helena Chartuni e levou 33 dias. As partes foram coladas.
Dentre os inúmeros milagres atribuídos à Santa, dois têm seus registros físicos - uma corrente e uma pedra, ambas estão em um museu. A corrente teria pertencido a um escravo e se soltou quando ele se aproximou da imagem. Outro objeto é a pedra, que tem a marca da ferradura do cavalo, que ficou presa no local assim que seu cavaleiro decidiu entrar na igreja para zombar da fé dos fiéis. "São marcos de milagres reconhecidos pelo Vaticano”, disse César Maia, curador do museu em Aparecida.
*Matéria produzida voluntariamente por Eduarda Lima e supervisionada pela jornalista Camilla Paes
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