A maior parte dos municípios com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) consegue equilibrar as contas e fechar o ano com saldo positivo. Os dados do Suplemento Previdência do Servidor Público, divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, ligado ao Ministério da Economia mostra que das 169 cidades goianas que possuem esse sistema, 64% terminaram o ano de 2017 com superávit. As demais cidades tiveram déficit entre R$ 8,5 mil e R$ 217 milhões.

Rio Verde está entre as cidades com superávit, logo atrás de Aparecida de Goiânia, que teve o melhor resultado no ranking de 2017, com um superávit de R$ 51 milhões. O de Rio Verde foi de R$ 33 milhões. Em 14º está Acreúna, com saldo positivo de R$ 3,6 milhões, e em 17º Santa Helena de Goiás, com R$ 3,4 milhões.

Apesar de Luziânia estar classificada no 4º lugar dos melhores resultados, a referência das suas informações está como “imputado”, assim como Goiatuba e Niquelândia. Isso significa que as cidades não enviaram ao Governo Federal todos os dados referentes ao ano pesquisado.

De acordo com a Secretaria da Previdência os dados da pesquisa para essas cidades são estimativas baseadas em cidades que estão em situação parecida.

Segundo o levantamento as cidades com piores resultados são Goiânia, com o déficit de R$ 217 milhões, seguida por Anápolis, que teve déficit de R$ 28,9 milhões e Quirinópolis, que finalizou 2017 com R$ 28,5 milhões negativos.

Tadeu Alencar Arrais, professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG, avalia que a eventual aprovação da Reforma da Previdência trará diferentes impactos para municípios e Estados com RRPS. Ele acredita que as pessoas que estão próximas da aposentadoria tentarão se adiantar o mais rápido possível, o que pode trazer pressão às prefeituras.

Segundo o secretário da Previdência Social, Leonardo Rolim, a expectativa com a aprovação da Reforma da Previdência é economizar R$ 170 bilhões em dez anos nos municípios com RRPS.