Em julho, a nova gestão, que completa um ano à frente da Casa de Prisão Provisória, ampliou as técnicas para ressocialização dos detentos. A ideia foi uma parceria entre DGAP (Diretoria Geral de Administração Penitenciária), UNP (Universal nos Presídios), DEPEN e o Conselho da comunidade local. Novas salas foram criadas dentro da instituição e nelas estão sendo ofertados os cursos de informática básica e manutenção de computadores. O número ainda é pequeno, são apenas 5 computadores, um data show, telão e um ar-condicionado, mas tem atendido às necessidades. O diretor da CPP, Adriano Pereira dos Santos, contou ao Jornal Somos um pouco do trabalho realizado.

“Nós conseguimos a doação dos computadores através da DEPEN e com o apoio da Igreja, nós estamos conseguindo realizar o trabalho. Não adianta só apertar e não dar condições de trabalho, tanto para o servidor quanto para o preso. Nós temos em andamento esses cursos, e estamos arrumando espaço para culinária, onde eles vão poder aprender a cozinhar, fazer bolos, etc. São alternativas pequenas se você pensar na quantidade de presos, mas a pretensão é conseguir muito mais.”

Além da sala de informática, os detentos possuem também uma área para trabalho, uma fábrica de chinelos. Lá, eles confeccionam sandálias com bordados, que ainda não estão sendo comercializados, mas, existe a pretensão para que isso ocorra.

“Nós vivemos em um país que não possui prisão perpétua, e sim um sistema punitivo, o que podemos ver que não funciona. Então, fazer isso pode fazer com que ele tenha uma profissão quando sair”, acrescenta Adriano.

Após o término do curso, os certificados são encaminhados para contabilizar como horas na remissão da pena.