sexta-feira, 29 de março de 2024

Rio Verde

As desventuras de Dona Zeca

POR Jornal Somos | 26/07/2019
As desventuras de Dona Zeca

Reprodução/Instagram

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BÔNUS: AS DESVENTURAS DE DONA ZECA, POR JHONATAN WALAS

Em 20 de maio de 1950, nascia no interior de Minas Gerais, no município de Santa Juliana, o maior amor da minha vida, a minha vó!

 

Nascida em uma época ainda mais difícil para as mulheres, no contexto do fim da 2ª Guerra Mundial e da ditadura militar durante sua adolescência, era algo completamente difícil para quem não seguisse os padrões da tradicional família brasileira, e minha vó sempre foi contra esses padrões. A verdade é que ela gosta de ditar o que é certo e o que é errado.

 

Minha vó é um ícone! Todos os momentos ao lado dela são de pura diversão. Seja quando estamos sentados na cozinha conversando sobre assuntos aleatórios, que quase sempre é sobre ela julgando outras pessoas, quando ela pede para gravar vídeos no seu Instagram, ou quando estamos andando na rua e ela começa a fingir ser do Esquadrão da Moda e dá início ao seu julgamento sobre o vestuário alheio ou também quando ela revolve mijar nos lugares aleatórios.

 

Falando em mijar em lugares aleatórios, durante sua temporada aqui em Rio Verde podemos destacar algumas pérolas, como por exemplo: 4 locais em que você não deve mijar!

 

1ºLocal: Posto de Saúde

Como uma senhora que preza por sua saúde física, Dona Zeca faz sua caminhada matinal acompanhada de sua garrafinha d’água e de seu neto (no caso eu).

Percorrem todos os dias duas quadras no Setor Pauzanes as 8:00 da manhã, e sempre... sempre... eu disse sempre! Ela para no posto de saúde do Bairro Martins para mijar e julgar o senhorzinho de 60 e poucos anos enchendo a mão de preservativo, e quando eu questiono o porquê da atitude dela, ela me responde:

- Se não fosse para mijar não construía o banheiro, mandava jogar fora então! E esse “Véi” parece que nunca viu camisinha, tá louco! O povo anda numa safadeza!

 

2ºLocal: AV 77

No último final de semana fomos até a feira do Bairro Popular, dessa vez, a caminhada foi um pouco maior... e não teria o seu famoso “PIT STOP”, local que já estava batizado pela minha vó.... confesso que estava apreensivo quanto a isso.

 

Quando chegamos na Avenida, minha vó simplesmente disse:

- Eu vou mijar é aqui!

 

Minha mãe começou a rir e disse que não poderia, porque era um local público... Mas, como uma bela senhora, recatada e do lar, Dona Zeca desceu as calcas e mijou plenamente na Avenida 77 às 9h da manhã, e para fechar esse momento épico uma moto buzinou, e minha vó respondeu:

- Ah! Nunca viu bunda não? Ou eu mijava aqui na rua ou na minha roupa!

 

3ºLocal: Assembleia de Deus

 

Após o acontecido, jurei que o pior tinha passado, mas eu estava incorreto. Estamos falando de uma senhora taurina com ascendente em aquário, ou seja, pura confusão.

 

Quando estávamos retornando da feira minha vó soltou a frase mágica, que na nossa cabeça soava como um despertador às 06:00 da manhã.

 

- Quero mijar!

 

O desespero tomou conta, todavia, estávamos ainda longe de casa e sem nenhum local para ela realizar suas necessidades.

 

No entanto, isso não era problema para dona Zeca, ao se aproximar da igreja “Assembleia de Deus”, onde o pastor estava pregando para os fiéis, o pastor simplesmente para de falar no microfone, fica aquele 1 segundo de silencio crítico, que é quebrado pela voz da minha vó que já se encontra no meio do salão da igreja, e diz:

 

- Vou só mijar seu padre! Pode continuar!

 

Eu e minha mãe não sabíamos o que fazer, tampouco, onde esconder a cara, a não ser rir descontroladamente, e depois de toda situação, minha vó saiu de lá como se nada tivesse acontecido.

 

4ºLocal: Loja de roupas

 

A ultima situação de locais que você não deve mijar aconteceu nessa semana quando fomos em uma loja comprar algumas roupas, já querendo me prevenir do que poderia acontecer, pedi que ela fosse antes no banheiro.

 

Quando chegamos na loja, aparentemente tudo normal, minha vó escolhendo as roupas e experimentando eticamente, quando de repente ela fala para a vendedora.

 

- Moça, onde é o banheiro?

A vendedora, não entendendo muito bem a pergunta, questionou:

- Os provadores estão todos cheios senhora?

E minha vó foi curta e grossa! Não, eu quero é mijar!

 

Após ela ter sido enfática, em sua resposta, a vendedora a acompanhou até o banheiro.

 

Minha avó ficou lá por aproximadamente uns 15 minutos, pessoas normais deveriam achar que ela tinha morrido no banheiro...mas, como eu conheço o potencial dessa senhora, já estava pensando que era uma diarreia!

 

De repente ela aparece, e fala com a vendedora.

- Outra hora eu venho aqui e compro.

A vendedora não querendo perder a oportunidade, insistiu e disse:

- Vamos levar hoje senhora!

(Se eu pudesse ter dado um conselho para essa vendedora eu diria: não faça essa pergunta)

Minha avó respondeu:

- Eu não quero! Gosto do “trem” é mais chique.

 

A moça agradeceu a receptividade e fomos embora, no carro eu perguntei se minha avó estava com diarreia pelo fato de ter demorado tanto, aí ela me respondeu:

- Não! Eu só estava mijando, e mijei no chão do banheiro, porque eu não iria encostar minha bunda naquele vaso que nem sei quem frequenta, eu só demorei porque não estava conseguindo tirar o cinto.

 

Essa foi apenas uma história dos milhares casos de Dona Zeca, que já foi convidada para um casamento e após beber horrores, falou mal da noiva e depois dormiu sobre a mesa, jogou uma garrafa de café no seu genro e até fugiu do marido de cavalo. Acompanhe mais histórias desta Influencer Sênior no Instagram (clique aqui) !

 

Jhonatan Walas

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