A forte explosão que ocorreu ontem, terça-feira (4), na região portuária de Beirute, capital do Líbano, já deixou, até então, mais de 100 mortos, 4 mil feridos e 100 desaparecidos, conforme estimativas da Cruz Vermelha libanesa. Nesta manhã de quarta-feira (5), equipes de resgate buscam por mais pessoas ausentes.

O estrondo, que pôde ser ouvido a 240 km de distância, ainda não foi totalmente esclarecido. Segundo o ministro do Interior libanês, Mohammed Fehmi, a suspeita é de que materiais explosivos que eram armazenados no porto de Beiruti possam ter causado o acidente.

Os vídeos gravados pela população no momento do incidente mostram a enorme nuvem em formato de cogumelo produzia pela explosão, que provocou imensa destruição na cidade, com focos de incêndios, prédios balançando, vidros e carros quebrados, edifícios com danos, mortes, pessoas desaparecidas, feridas, e locais destruídos em até dezenas de metros do local da ocorrência.

Ainda hoje, quarta (5), há presença de fumaça saindo do lugar da explosão, conforme informado pela Associated Press. A cidade amanheceu com suas ruas principais cheias de escombros, danificações em veículos e destruições em fachadas de edifícios.

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— Jornal Somos (@JornalSomos) August 5, 2020

O presidente Michel Aoun se manifestou sobre a suspeita da causa do acidente, afirmando que é “inaceitável” que 2.750 toneladas de nitrato de amônia fossem armazenadas durante seis anos em um depósito sem a devida segurança necessária.

Já o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, declarou que o país está enfrentando uma catástrofe e decretou luto oficial de três dias, informando ainda que o governo irá investigar os responsáveis pelo funcionamento do armazém desde 2014 no porto da capital. “Eu prometo que esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço”, afirmou Diab.

Não há evidências de que a explosão tenha ocorrido devido à uma tentado terrorista, apesar de o país já ter sido alvo, anteriormente, de terroristas, e estar vivendo, atualmente, um período de instabilidade política.

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