quinta-feira, 28 de março de 2024

Goiás

Pesquisa mostra insatisfação na profissão docente

POR Jornal Somos | 30/07/2018
Pesquisa mostra insatisfação na profissão docente

Agência Brasil

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Uma pesquisa sobre a profissão do docente, partida da iniciativa da organização Todos Pela Educação e do Itaú Social revelou que, no Brasil, metade dos professores não recomendaria a um jovem se tornar educador por considerar a profissão desvalorizada.

 

De acordo com o levantamento feito pelo Ibope Inteligência em parceria com a rede Conhecimento Social, a maioria (78%) dos professores disse que escolheu a carreira principalmente por aspectos ligados à afinidade com a profissão. Entretanto, 33% dizem estar totalmente insatisfeitos com a atividade e apenas 21% estão totalmente satisfeitos. Conforme o publicado pela EBC.

 

Os docentes apontam como medidas mais importantes para a valorização da carreira, a formação continuada e a escuta dos docentes para a formulação de políticas educacionais. Eles consideram urgente a restauração da autoridade e o respeito à figura do professor e o aumento salarial.

 

Em entrevista ao Jornal Somos, a professora graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Administração e Inspeção Escolar Elenice Maria de Sousa, que carrega 26 anos de sala de aula, afirma fazer parte dos 21% da pesquisa, é muito satisfeita e apaixonada pela profissão e sempre recomenda. Ainda ressalta que a desvalorização dessa profissão vem das políticas públicas.

 

“Em nossa região a questão salarial não é o problema, o problema está no respeito, pois com a criação das novas leis onde o aluno tem mais direitos do que deveres, tira a autonomia do professor na condução de suas aulas. Então, a desvalorização não se restringe em apenas o financeiro, ela está mais acentuada ao amor ao próximo” conclui Elenice.

 

Políticas públicas

 

Os professores ouvidos pela pesquisa consideram que é papel das secretarias de Educação oferecer oportunidades de formação continuada, mas não concordam que programas educacionais, como um todo, estejam bem alinhados à realidade da escola. Apontam a falta um "bom canal de comunicação" entre a gestão e os docentes e dizem que não há envolvimento dos professores nas decisões relacionadas às políticas públicas. Também consideram aspectos ligados à carreira mal atendidos, como o apoio à questões de saúde e psicológicas e ao salário.

 

O Ministério da Educação e o Sindicato dos Trabalhadores do Estado de Goiás (Sintego) não se manifestaram até o momento de publicação da matéria.

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