quinta-feira, 28 de março de 2024

Perspectivas econômicas do Brasil pós Coronavírus foram debatidas entre vice-presidente do país e entidades

POR | 17/06/2020
Perspectivas econômicas do Brasil pós Coronavírus foram debatidas entre vice-presidente do país e entidades

Divulgação/Faeg

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O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, deputado federal José Mário Schreiner, participou do webinário juntamente com líderes de outras entidades do estado. Ele questionou sobre a atuação do Conselho da Amazônia ressaltando que a principal praga enfrentada pelo Agro brasileiro é a desinformação, que mancha a imagem dos produtores rurais no exterior e prejudica relações comerciais. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão explicou de forma sensata as linhas de atuação do conselho. Afirmou que o governo tem atuado em conjunto com Estados e Judiciário para preservar a região, sem prejudicar o desenvolvimento econômico, e combater mitos criados no passado. Inclusive, frisou que as cooperativas podem e devem ajudar muito nos trabalhos que o governo tem realizado para o crescimento sustentável da Amazônia Legal.

 

Sobre a retomada do crescimento no Brasil, Mourão reforçou que  deverá ser diferente para cada setor econômico, em resposta ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel. "Não será linear para todos. O agronegócio terá crescimento mais rápido do que o setor de serviços, por exemplo, que sofre da falta de demanda e de oferta", disse. Um dos maiores problemas, na opinião do vice-presidente, é o forte aumento do endividamento e da perda de renda para muitas famílias brasileiras.  Disse que há uma discussão no governo sobre a retomada do crescimento, mas frisou que precisa ser dentro do limite da responsabilidade fiscal. "Não vamos descartar incentivos ao setor produtivo", disse.

 

O vice-presidente afirmou ainda que o cooperativismo no Brasil será incentivado pelo governo de Jair Bolsonaro, inclusive para uma recuperação mais rápida das atividades econômicas do País em período pós-pandemia da covid-19.

 

A afirmação foi em resposta à pergunta do presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, durante a webconferência realizada pelo Fórum das Entidades Empresariais do Estado de Goiás para debater as perspectivas econômicas do País. Luís Alberto Pereira enfatizou que o cooperativismo no Brasil é responsável por 12% do Produto Interno Bruno (PIB) nacional e influencia a vida de quase 60 milhões de pessoas.

"O cooperativismo é muitas vezes mal entendido. É preciso ver o setor de forma macro, temos um largo campo para atuar. O conceito do cooperativismo é muito claro: todos vão ganhar e crescer mais rápido se atuarem em conjunto do que individualmente. O papel do governo é fomentar o setor, inclusive com crédito, e fazer com que suas experiências bem-sucedidas, principalmente no Sul e Centro-Oeste, cheguem a outros Estados e regiões do País. Para isso precisamos incentivar as melhores práticas, como nas operações de crédito e no agronegócio", respondeu o vice-presidente à pergunta do presidente do Sistema OCB/GO.

 

Presidente da Facieg, Ubiratan Lopes questionou se a reforma tributária poderá reduzir a carga de impostos sobre as empresas e reduzir as taxas de juros do crédito, especialmente para as micro e pequenas empresas. Hamilton Mourão disse que é uma promessa de campanha eleitoral, mas admitiu que pouco avançou. "A discussão está emperrada no Congresso Nacional. Não se pode mais empurrar com a barriga. Acredito que é possível retomarmos a discussão sobre reforma tributária. Se cortarmos a carga de impostos pela metade e eliminarmos consideravelmente a sonegação fiscal no Brasil, vamos ter um avanço significativo para a economia brasileira", frisou.

 

O vice-presidente admitiu também que o governo não conseguiu ainda destravar as linhas de crédito para socorrer as empresas afetadas pela epidemia, especialmente as micro e pequenas. "Hoje mesmo o ministro Paulo Guedes (Economia) estava discutindo este assunto, para ver como colocar o combustível para fluir por este duto, porque travou. O fundo federal de investimentos, na minha visão, é uma solução para isto. Vamos também atuar junto aos bancos públicos, com os quais temos maior liberdade de trabalhar do que os públicos, para facilitar o acesso ao crédito", disse.

 

A live completa está disponível no https://www.youtube.com/watch?v=zmC2H9PKzbU.

 

Fonte: Comunicação Faeg/Senar

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