quinta-feira, 18 de abril de 2024

Goiás

João de Deus recebe 10ª denúncia e volta hoje para Presídio

POR Jornal Somos | 06/06/2019
João de Deus recebe 10ª denúncia e volta hoje para Presídio

Marcelo Camargo/Agência Brasil

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No início da tarde de hoje, quinta feira (06), o Núcleo de Custódia foi notificado sobre a transferência do médium João Teixeira de Farias, 77 anos, conhecido como João de Deus. A decisão da transferência dele do Instituto Neurológico de Goiânia para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia foi antecipada pelo comunicado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que sai na tarde da última terça feira (04).

 

O STF publicou a mesma após a negativa de dois habeas corpus solicitados pela defesa de João. O despacho foi assinado pela juÍza Rosângela Rodrigues dos Santos, de Abadiânia.

 

A qualquer momento o líder espiritual deverá ser encaminhado para uma cela no Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida, onde já cumpria prisão preventiva por série de abusos investigada pelo Ministério Público estadual e Polícia Civil.

 

Na quarta feira (05), foi apresentado pela força-tarefa do Ministério Público de Goiás a 10ª denúncia contra o médium. O órgão informou que investiga uma possível rede de proteção e apoio aos crimes sexuais pelos quais ele é acusado. Os promotores afirmam que funcionários, voluntários e empresários ligados ao líder espiritual tinham consciência e contribuíam para que os abusos ocorressem e para que as vítimas não denunciassem.

 

Os abusos da última denúncia aconteceram entre 2015 e 2018, na presença de diversas pessoas que, conforme o MP, eram instruídas a ficar olhos fechados e cabeça baixa durante todo o tempo de oração. Caso abrissem os olhos, eram convidadas a se retirar do local. Segundo a força-tarefa, os funcionários da Casa eram os únicos que ficavam de olhos abertos e tinham conhecimento de tudo o que acontecia dentro da sala.

 

Segundo a força-tarefa, até o momento foram mais de 300 vítimas procuraram o MP. Mais de 180 foram ouvidas formalmente e cerca de 100 vítimas foram levadas à Justiça por crimes não prescritos, fora as mulheres utilizadas para corroboração destes relatos.

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