quinta-feira, 25 de abril de 2024

Goiás

Governo se preocupa com rombo previdenciário de mais de R$ 2 bilhões neste ano

POR Jornal Somos | 18/10/2019
Governo se preocupa com rombo previdenciário de mais de R$ 2 bilhões neste ano

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Preocupado com rombo previdenciário de R$ 2,9 bilhões nesse ano, o governador Ronaldo Caiado apresentou nesta quinta-feira (17), a representantes do legislativo e judiciário, números e projeções que comprovam a necessidade de o Poder público reagir ao problema, a fim de que a previdência seja sustentável, já que se nada for feito para mudar o cenário, em 10 anos o montante subirá para R$ 5,9 bilhões.

 

Caiado diz que assunto é delicado, porém necessário porque afeta a saúde financeira do Estado. “Precisamos tomar decisões objetivas, no sentindo de conter esse processo estruturante que é o déficit da previdência”, conclamou o governador durante reunião no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Todos entraram em um consenso de que os Poderes devem se unir para discutir e aprovar uma reforma da Previdência em Goiás.

 

Essa conclusão foi tomada após exposição feita por Paulo Tafner, economista e um dos maiores especialistas em previdência do Brasil. O Goiás, atualmente, possui mais servidores inativos, sendo 67.249, do que ativos, que são 62.940. Em comparação ao ano de 2009, o crescimento do número de pensionistas inativos foi de 73%. Daqui 10 anos, a projeção indica que metade dos ativos de hoje estarão prontos para se aposentar.

 

Os cálculos apresentados por Paulo Tafner apontam para um cenário de caos e paralisia. “Goiás, como qualquer outro Estado, virou uma grande folha de pagamento”, afirmou. Também foi apresentado outro comparativo assustador, no qual, o custo com aposentados e pensionistas hoje corresponde a 74% do que o governo estadual investe em saúde, educação e segurança que são áreas essenciais. Daqui dez anos, esse percentual subirá para 94%.  “Temos que fazer reforma porque essa situação determina a falência do Estado de Goiás”, enfatizou o economista.

 

Celmara Rech, presidente do Tribunal de Contas do Estado, validou a credibilidade dos dados apresentados pelo presidente da GoiásPrev, Gilvan Cândido, ressaltando também a necessidade de criar uma gestão única previdenciária, como determina a Constituição Federal.

 

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