A volta às aulas presenciais no estado de Goiás, anteriormente prevista para o mês de setembro, foi novamente adiada, mas dessa vez com a perspectiva de que, provavelmente, este retorno não ocorrerá em 2020. A decisão foi deferida em reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE), nesta quarta-feira (19), onde foram estabelecidos critérios para a retomada das atividades de ensino fora do modo à distância. A paralisação perdura no Estado desde meados de março, quando foram iniciadas medidas para a contenção da pandemia de Covid-19 em território goiano.

O primeiro critério estabelecido pelo Comitê foi uma taxa de ocupação menor ou igual a 75% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para pacientes infectados pelo novo coronavírus, por quatro semanas. O segundo regramento estipula uma queda de 15%, também durante quatro semanas, do número de óbitos.

“São critérios objetivos que, do ponto de vista prático, sendo extremamente honesto com o atual momento e com as prospecções, dificilmente teremos retorno das aulas presenciais no ano de 2020”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, após a reunião do COE.

O comitê, composto por representantes da Saúde, do Ministério Público e de setores da Educação, decidiu esperar mais quatro semanas para realizar uma nova avaliação dos riscos da volta às aulas presenciais, sendo que apenas o procurador da República do Ministério Público Federal (MPF-GO) defendeu a retomada das atividades.