quinta-feira, 18 de abril de 2024

Ações para combate a crimes rurais são definidas em parceria da CNA com a Segurança Pública

POR Jornal Somos | 10/08/2018
Ações para combate a crimes rurais são definidas em parceria da CNA com a Segurança Pública

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O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciaram nesta quarta (8), na sede da entidade, em Brasília uma série de ações para combater a criminalidade no campo.


Martins e Jungmann assinaram um protocolo de intenções que prevê que o Grupo de Trabalho Bilateral, criado pelo ministério em parceria com a CNA, realize estudos, trace um diagnóstico do problema e proponha soluções conjuntas de combate a crimes, como roubos de gado, assaltos e furtos nas fazendas.


O ministro aproveitou o evento e convidou a CNA para participar do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social que será instalado ainda neste mês. “A criminalidade no campo sempre foi um vazio na nossa história. Não temos estatísticas desses crimes, logo, não temos políticas de prevenção e combate, muito menos ferramentas. Precisamos focar as ações e trabalharmos juntos”, disse.


O presidente da CNA afirmou que com o passar dos anos os produtores rurais foram se tornando cada vez mais alvos de quadrilhas especializadas em roubo de gado, de maquinários e de defensivos agrícolas.


“Há muito tempo que a Confederação se preocupa com essa situação. Em 2017 criamos o Observatório da Criminalidade no Campo para levantar dados de ocorrências nas fazendas. E agora buscamos essa parceria com o Ministério da Segurança Pública para dar continuidade às ações”.


A Patrulha Rural Georreferenciada está presente em mais de 60 municípios do Estado, com mais de 8 mil proprietários cadastrados.


Martins enfatizou ainda, que devido ao medo, muitos produtores rurais não denunciam os crimes no campo. “Na medida em que nós dermos condições de protegê-los, e mostrarmos que a denuncia terá resultado, acreditamos que eles denunciarão”.


Raul Jungmann afirmou que com a parceria o setor terá uma política de combate ao crime e promoção da segurança no campo. “Precisamos garantir paz e tranquilidade ao homem que produz e exporta alimentos”.


Dentre os objetivos do protocolo de intenções assinado pelas duas instituições estão a inclusão do tema prevenção e controle da criminalidade no campo no Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social e a promoção da melhoria na qualidade da gestão das políticas sobre segurança pública e defesa social nas áreas rurais.


A coordenadora do Grupo de Trabalho Bilateral, delegada Sandra Mara Guaglianoni Neto, fez uma apresentação sobre os objetivos do colegiado e informou que os dados de crime no campo já estão sendo levantados junto aos Estados. “Nesse primeiro momento já percebemos que os defensivos agrícolas são o grande alvo de organizações criminosas”.

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