quinta-feira, 28 de março de 2024

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Colegas manifestam contra possível preconceito sofrido por aluno transgênero

POR Jornal Somos | 14/02/2020
Colegas manifestam contra possível preconceito sofrido por aluno transgênero

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No início da tarde de hoje (14), os alunos do Colégio Estadual Eugênio Jardim se reuniram em frente o colégio com cartazes a fim de defender o colega de classe Luccas Gabriel Sandim, que é transgênero e foi, segundo a afirmativa dele e de sua mãe, impedido de utilizar o banheiro masculino da escola.

 

 

De acordo com sua mãe, Vânia Sandim, ela foi chamada na escola porque o aluno estava usando o banheiro das meninas, e que, para não causar constrangimento aos demais alunos, o garoto deveria utilizar o banheiro para pessoa portadora de deficiência. “Como a gente conhece todas as leis que o amparam sendo transgênero, eu não aceitei, não é porque ele não tem órgãos genitais masculinos que ele não é um homem”, disse a mãe.

 

Vânia ainda questionou a escola, sobre quais atividades estariam sendo feitas para combater a discriminação, não só de gênero, como também de sexualidade. “Essa educação ainda nem está planejada, nem está sendo feita, nem tem data para ser feita, e eu disse que eu quero uma data, que eu quero um plano, eu quero ver, participar, ajudar, depor como mãe.” relata a mãe indignada.

 

A senhora ainda deixa o seguinte questionamento “Gostaria que cada um de vocês refletisse principalmente com a seguinte pergunta ‘e se fosse comigo?”.

 

 

Aproximadamente 15 alunos estavam no local para defender o colega. A mãe de uma colega do rapaz, Aracelli Gasparoto, de 42 anos, também esteve no local com sua filha e defende o aluno. “Eu sou completamente contra qualquer tipo de preconceito, eu acho que a pessoa tem o direito de ser o que quiser, ele tem o direito de escolhas, ele não desrespeitou ninguém dentro da escola, ele não fez nada de errado”.

 

Aracelli ainda ressaltou que o necessário no colégio é respeito. “O mundo seria melhor se cada um respeitasse o outro”.

 

A equipe do Jornal Somos entrou em contato com o colégio e a secretária, Girlene, disse que a escola não iria comentar sobre o caso. 

 

A Coordenação Regional de Educação de Rio Verde entrou em contato com a equipe do jornal e disse já estar apurando todos os fatos, e assim que tiver um levantamento se pronunciará sobre o caso.

 

Todos os órgãos citados nessa matéria, mesmo os que foram procurados e não deram uma primeira resposta, tem total liberdade para ainda entrar em contato com a equipe de jornalismo para que seja feita qualquer adaptação, desde que haja provas para isso.

 

 

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