quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Em um desdobramento da Operação Lava-Jato, a Operação Capitu, prendeu nesta manhã (9) o empresário acionista da JBS, Joesley Batista, o Vice-Governador de Minas Gerais e Ex-Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, além de mais outros dez suspeitos de participarem de um esquema de corrupção durante o governo de Dilma Rousseff.
O esquema acontecia da seguinte forma: Joesley Batista pagava propina a Antônio Andrade, na época em que este era Ministro da Agricultura, em troca de benefícios para a JBS no mercado. O objetivo de Joesley era criar um monopólio.
A Polícia Federal cumpre 63 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão provisória, um deles para Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que está atualmente preso no Paraná.
Joesley começou a aparecer na Operação Lava Jato como delator, após revelar uma gravação de uma conversa que teve com o presidente Michel Temer em março do ano passado. Em troca poderia ter redução em sua pena.
Operação à parte, Joesley e Ricardo Saud, ex-executivo da J&F, em outra frente, estão com a colaboração premiada ameaçada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciar a rescisão do acordo, firmado em 2017. Mas são formalmente delatores porque o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não julgou se validará ou não a rescisão.
Sem confirmar referência a Joesley e ao grupo J&F, a Polícia Federal afirmou que, durante as apurações, houve clara comprovação de que empresários e funcionários do grupo investigado – inicialmente atuando em colaboração premiada com a PF – teriam praticado atos de obstrução de justiça, prejudicando a instrução criminal, com o objetivo de desviar a PF da linha de apuração adequada ao correto esclarecimento dos fatos. Daí o nome da Operação, “Capitu”, a personagem dissimulada da obra prima de Machado de Assis, “Dom Casmurro”.
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