quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O ex-presidente Michel Temer vira réu pela quarta vez só este ano, mas desta vez, a acusação é de lavagem de dinheiro na reforma da casa de uma de suas filhas. A decisão do juiz federal Diego Paes Moreira da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foi publicada nesta quinta-feira (04).
O juiz aceitou a denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo), que acusa Temer e outras três pessoas de lavagem de dinheiro na reforma da casa de uma das suas filhas, Maristela Temer. Foi denunciado também o dono da empresa Argeplan, Coronel Lima e sua esposa, Maria Rita Fratezi.
A denúncia partiu de um desdobramento das investigações, no Rio de Janeiro, que apuram um suposto esquema de corrupção nas obras da usina nuclear de Angra 3. A suspeita dos procuradores é que dinheiro proveniente das propinas tenha financiado uma reforma na casa de Maristela em São Paulo.
A investigação sobre Angra 3 já gerou duas denúncias contra Temer no Rio de Janeiro, ambas aceitas pelo juiz Marcelo Bretas nesta semana. Em um caso, Temer é réu por peculato (desvio de recursos públicos em benefício próprio) e lavagem de dinheiro. Em outro, ele é acusado também de lavagem e de corrupção. Temer também já tinha se tornado réu em outra ação na semana passada, na Justiça Federal do Distrito Federal, no processo que apura se o ex-presidente era um dos beneficiários de propina da empresa JBS. A ação ficou conhecida como "caso da mala", porque o ex-assessor de Temer e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB) foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil das mãos.
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