sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve realizar o pedido de registro da vacina de Oxford/AstraZeneca junto à Anvisa até o dia 15 de janeiro, segundo Marco Krieger, vice-presidente de produção e inovação em Saúde da instituição. A informação foi divulgada em reportagem exclusiva do jornal O Globo. Essa é a maior aposta do governo federal para o controle da pandemia no país, já que o imunizante foi aprovado nesta quarta-feira (30) pela agência sanitária regulatória do Reino Unido e será fabricado no Brasil pela Fiocruz.
E ainda, embora o prazo estipulado pela instituição para a entrega da documentação completa vá até meados de janeiro, é possível que o pedido na Anvisa seja feito ainda antes, disse Krieger ao Globo hoje, quarta feira (30).
"Boa parte dos documentos já está pronta, e agora, com a autorização no Reino Unido, temos um cenário ainda mais favorável. É possível que a gente faça um pouco antes" afirmou.
O acordo firmado entre a fabricante AstraZeneca, a Fiocruz e o Ministério da Sáude prevê a fabricação de até 3 bilhões de doses da vacina em território brasileiro em 2021, a depender da autorização da Anvisa. De acordo com Krieger, a produção do imunizante pela Fiocruz se iniciará já no fim de janeiro e deve alcançar a marca de 3,5 milhões de doses por semana até o fim de fevereiro. Segundo ele, a instituição trabalha para conquistar a autorização da Anvisa pelo processo de submissão contínua, embora o pedido de uso emergencial não esteja descartado. "Nada impede que a gente reavalie e veja vantagens no pedido de uso emergencial. A aprovação no Reino Unido abriu essa perspectiva", disse o representante da Fiocruz.
A Anvisa anunciou que se reuniu nesta quarta com representantes da AstraZeneca para tratar do pedido de uso emergencial do imunizante. Em nota divulgada no início desta, tarde, a agência informou que, após a entrega da solicitação, terá 10 dias para decidir sobre a autorização de emergência.
Sputnik V no Brasil
A Anvisa anunciou que recebeu o pedido de autorização para realização de testes em humanos em fase 3 da vacina contra Covid-19 russa Sputnik V no Brasil e que deverá responder em 72 horas, disse a agência reguladora em nota. O pedido para os testes foi feito pelo laboratório União Química. A Sputnik V, do instituto russo Gamaleya, já está sendo aplicada na Rússia e em outros países, como a Argentina.
Novas linhagens
A Fiocruz já identificou pelo menos 40 linhagens do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil desde o início da pandemia , em março. Segundo a fundação, duas delas tem circulação predominante na população, mas apesar da quantidade, essas variações não impactam a eficácia das vacinas contra Covid-19 desenvolvidas pelas farmacêuticas. As informações são do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do da Fiocruz, que participa diretamente da vigilância epidemiológica do novo coronavírus no Brasil e é referência mundia em Covid-19 para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o órgão faz o sequenciamento genético do genoma viral.
Nas últimas semanas, notícias de que haveria novas cepas em circulação em países na Europa fez o mundo ficar em alerta para uma segunda onda ainda mais forte da Covid-19. De acordo com autoridades europeias, as novas variações não possuem letalidade maior, mas têm capacidade de transmissão mais rápida , podendo chegar a uma proliferação 70% mais veloz. Sobre isso a pesquisadora da Fiocruz afirmou que "não é momento para pânico". "Eles (vírus) circulam em todo o mundo e sofrem mutações frequentes. Essa vigilância é fundamental para a formulação da vacina, que tem periodicidade anual, e para a captação de cepas virais de potencial pandêmico", diz a pesquisadora.
(Com informações do Globo)
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.