Graças aos índices de chuva dentro da expectativa para o mês de outubro no Brasil, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, considera que a bandeira tarifária para dezembro dificilmente retornará para a vermelha. "Reverter acho difícil, no pior estágio seria manter a amarela”, disse.

Existe ainda a possibilidade da Aneel adotar a bandeira verde no último mês. O estudo levará em conta a melhora nos níveis dos reservatórios diante da quantidade de chuva no Brasil durante novembro. Segundo o diretor-geral do órgão regulador, André Pepitone, é preciso aguardar mais um pouco para avaliar alguns fatores que influenciam o modelo que determina a escolha da cor da bandeira. 

As chuvas estão boas e dentro das expectativas, ainda assim é preciso esperar, porque está no começo do mês, mas ele acrescentou que o prognóstico é bom. Com o início da estação chuvosa houve queda significativa do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e a expectativa é a de que haja elevação gradual no nível de produção de energia pelas usinas hidrelétricas, possibilitando uma recuperação do fator de risco hidrológico (GSF). O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias abrange todo o Brasil (exceto Roraima) e varia mensalmente de acordo com os custos reais da geração da energia elétrica, com o objetivo de tornar os custeios mais transparentes e o consumidor ter a conscientização para usar a energia de forma mais eficiente.

Em novembro do ano passado, foram alteradas as tarifas por bandeira. Antes, a cada 100kWh, eram cobrados R$2,00 para bandeira amarela, R$3,00 para o patamar 1 da bandeira vermelha e R$3,50 para o segundo patamar. Após a alteração aprovada no dia 24 de outubro, a tarifa amarela caiu para R$1,00, a bandeira vermelha no 1º patamar continuou nos R$3,00 e a bandeira vermelha patamar 2 aumentou para os R$5,00.

Então, caso a Bandeira Verde seja adicionada, não haverá adicionais a cada 100kWh consumido.